E quanto ao Naming Rights, como faz?

Minha coluna deste mês para a revista:
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Enquanto a grande mídia não decide ce­der, clubes e locais não têm nome divul­gado. Não há marketing por tabela, mas também não há valorização do clube

O marketing no esporte é visto sempre ladeado de propostas tentadoras em torno do recém-famoso Naming Rights. A venda do nome de uma equipe para um patrocinador começou a desenvolver-se na década de 80, nos EUA, e logo que veio para o Brasil já enfrentou muitas críticas, principalmente por parte das torcidas.

Hoje em dia, já mais comum, um contrato de Naming Rights é milionário e pode garantir a permanência de um clube em uma temporada, ou mantê-lo até por vários anos. As equipes do futebol ainda não exploram esse meio, mas a negociação está cada vez mais presente, prin¬cipalmente nos esportes de quadra. Os times de vôlei já possuem uma intimidade com o assunto. Tomando como exemplo somente a Superliga Masculina deste ano, podemos citar BMG/Montes Claros, Medley/Campi¬nas, VIVO/Minas Tênis, até o Lon¬drina Vôlei, que se denomina Sercomtel/Londrina.

Os mais espertos com os Naming Rights, é claro, são os meios de co-municação. No final de abril, Unilever e Sollys Osasco decidiram a Superliga feminina de vôlei em Belo Horizonte. O vencedor foi Unilever, mas para Globo e SporTV, donas dos direitos de transmissão, quem venceu a equipe de Osasco foi simplesmente o “time do Rio de Janeiro”.

No futebol, Palmeiras e Corinthians recentemente insistiram para que a Rede Globo colocasse em seus contratos de transmissão a cláusula comprometedora a divulgar o nome de eventuais patrocinadores de seus futuros estádios, mas a Globo relutou e ainda nenhum dos novos contratos obriga a emissora a falar o nome dos compradores de Naming Rights desses locais.

Para todos os clubes com a pretensão de erguer um estádio, o Naming Right é parte fundamental do projeto financeiro. O Corinthians, por exemplo, conta com essa verba para pagar a construtora Odebrecht. No entanto, uma decisão da “poderosa” Globo desvaloriza essas transações.

Mas a mídia em geral não deve relutar muito tempo, além dos times e estádios, a captação de recursos começa a abranger outras áreas, ba¬tizando anfiteatros, centros de convenções e centros culturais. Logo não vai haver uma forma de escapar da chancela. Um exemplo claro disso você já deve ter ouvido: o apresentador Faustão tendo que falar em seu programa de domingo que um artista vai fazer um show na casa de espetáculos Credicard Hall. Ponto para o patrocinador.

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