Em época de campanha vários meios de comunicação alertam para não temos a "memória curta" quando se trata dos candidatos e seus feitos.
Bom, para a memória da Juventude, aqui esta uma publicação do portal Bem Paraná, e uma postagem do Blog do Esmael, ambos nesta segunda feira, sobre o que foi notícia de TV em rede nacional não faz muito tempo.
Pivô do caso que levantou suspeitas de CAIXA DOIS na campanha de reeleição de Beto Richa (PSDB) para a prefeitura de Curitiba, em 2008, o ex-vereador e ex-secretário de Assuntos Metropolitanos de Curitiba, MANASSÉS DE OLIVEIRA está de volta ao cenário político nesta eleição. Manasses é candidato a deputado federal pelo PSB – partido do atual prefeito da capital, Luciano Ducci.
Nesta eleição, o PSB integra a coligação que apoia a candidatura de Richa ao governo do Estado. O ex-vereador foi demitido da secretaria por Richa em 2009, quando vieram à tona vídeos em que ele aparecia recebendo dinheiro e assinando recibos em nomes de ex-candidatos do PRTB das mãos de Alexandre Gardolinski, coordenador do Comitê da Lealdade e ex-chefe de gabinete do Abastecimento Municipal.
Na época, o comitê reunia candidatos a vereador do PRTB que se rebelaram contra o apoio ao candidato do PTB à prefeitura, deputado Fábio Camargo, para apoiar a reeleição de Richa para a prefeitura. As imagens, feitas por Gardolinski, foram ao ar em rede nacional no programa Fantástico, da Rede Globo de Televisão, em junho de 2009.
As fitas que foram entregues para o Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce) e ao Ministério Público (MP) do Paraná embasaram a denúncia que está na 1ª Zona Eleitoral em fase de recurso e que pede a cassação do mandato do então prefeito Beto Richa e do então vice-prefeito (atual prefeito) Luciano Ducci.
A ação pede ainda a suspensão dos direitos políticos por três anos dos beneficiários do esquema – no caso, os administradores públicos. Como Beto Richa teve que deixar o cargo de prefeito para disputar a eleição para o governo do Estado, a ação de cassação do mandato vale apenas para Ducci. Richa, porém, ainda poderá ser considerado inelegível por determinação judicial, em caso de condenação. As imagens, que estão disponíveis no Youtube , foram feitas pelo próprio coordenador do comitê. Gardolinski alegava que mantinha as gravações internas para controle pessoal.
A exemplo de Manassés, quando os videos foram divulgados, ele também foi demitido por Richa da chefia de gabinete do Abastecimento Municipal. Além de Manasses, vários ex-candidatos a vereador frequentavam o comitê e receberam das mãos do coordenador volumes que chegavam a R$ 800. Estes valores não foram declarados pela coordenação de campanha da coligação de Richa para a prefeitura, vencedora das eleições de 2008. A suspeita é de que eles tenham recebido dinheiro em troca do apoio à reeleição de Richa na prefeitura. O tucano sempre negou relação com o episódio, apesar de aparecer ao lado de Gardolinski e Manassés, em vídeo que registrou a inauguração do comitê.
Apesar de ter sido exonerado em 2009, quando as suspeitas surgiram, Manasses ainda está no mesmo grupo de Beto Richa. Os dois estiveram reunidos na tarde de terça-feira da semana passada quando discutiram encaminhamentos partidários para a campanha deste ano.
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