Dê uma busca em "aluno morto em escola" e veja quantos resultados aparecem. Veja os motivos: homofobia, bullying, preconceito, intolerância.
Alunos mortos quando as escolas estavam funcionando "normalmente", sob responsabilidade de diretores e professores. Quando o poder institucional era a autoridade.
Não lembro, por exemplo, de ver as "pessoas de bem" responsabilizando o poder institucional por essas mortes. Não lembro de ver gente defendendo que deveria se ensinar gênero, filosofia e sociologia nas escolas, pois isso evitaria as mortas pelos motivos expostos acima. Não lembro de ver gente defendendo estas crianças e adolescentes dizendo "eles só querem estudar". Mas, de repente, a comunidade toda se preocupa com a escola.
Quem dera toda a hostilidade dirigida aos alunos das escolas ocupadas tivesse sido dirigida, nos tempos anteriores à ocupação, ao governo do estado, à secretaria da educação, aos responsáveis institucionais.
Se tem um aluno morto numa escola hoje é porque a comunidade é seletiva em suas revoltas. Esta ocupação não tira o direito aos estudos. Esta ocupação luta pelo direito aos estudos, mas um direito amplo, e não discriminatório, como é a comoção que agora inunda estas redes sociais.
Texto da comunicadora Adriana Baggio
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