Rugby. Isso ainda vai ser grande no Brasil.

Minha coluna desta quinzena na Revista


Quando pensamos em uma campanha publicitária, a primeira coisa que se mensura é o público ao qual se destina. O retorno que ele dará. O público existente para o produto ou marca é o foco, é fundamental.
Nesse contexto, porém, vem a marca Topper, com a seguinte propaganda:
 “Rugby. Isso ainda vai ser grande no Brasil.”

Tenho certeza que, ao assistir os primeiros vídeos, muitos, assim como eu, começaram a pensar: “Cadê o público, desta campanha, se isso ainda vai ser grande no Brasil?” ... “Como chamam o esporte que patrocinam de 'isso'?” ... “Quem teve a idéia de criar esta campanha? E quem será que aprovou?”. Para todas estas perguntas, vem a brilhante agência Talent com as respostas.
Em maio de 2009, a Topper lançou uma campanha entitulada “Coração Manda”, no Brasil, e “El Corazón Manda” nos demais países latinos. Ela tinha como idéia o novo posicionamento da marca na América Latina, explorando exatamente a paixão e a emoção. Por influência de João Livi, diretor de criação da Talent, no final de 2009, a Topper firmou uma parceria com a Associação Brasileira de Rugby, um grupo de apaixonados pelo esporte. Nada mais emocionante, já que foi a primeira vez na história que as seleções brasileiras, masculina e feminina conseguiram um patrocínio de uma marca esportiva.
Uma alavancada de estrutura nesta proporção fez muita diferença no emocional de todos os envolvidos, e ficou aí a missão de transferir isso ao público que, detalhe: Quase não existe! Mas desafio, e emoção eram exatamente o foco da “Coração Manda”.
Como falar da paixão pelo esporte? Exatamente no apelo irônico da desvalorização que ele tem aqui no Brasil. Em Abril de 2010, dois comerciais de TV iniciaram e em Dezembro mais três completaram a campanha ironizando o rugby, esporte que é no mundo todo um dos mais praticados, o 3º mais assistido, e o 2º maior esporte coletivo.
Estes dados mostraram ao público que ele é o “pobre” de informação em não conhecer o esporte e o potencial que este possui.
Mas a visão da Topper vai além: na Olimpíada de 2016, quando o rugby voltará, depois de mais de 80 anos, a integrar o quadro de modalidades oficiais. Será que até lá, esta campanha não ajudará a encher o estádio? O rugby brasileiro, a Talent e a Topper esperam que sim.
Se isto ocorrer, a marca esportiva pode se considerar mãe do esporte em nosso país. Se ele alcançar sucesso que tem lá fora, o valor agregado, será sempre da Topper.

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