Minha coluna deste mês para a revista:
Esporte com valor agregado não precisa nem exibir marca do patrocinador para ter contrato que envolva bilhões.
O mundo dos esportes anda sempre rodeado de patrocínios milionários, mas como no Brasil praticamente só se fala de futebol, muitas vezes esquecemos dos outros, que contam com investimentos sempre de alto nível.
A Fórmula 1 é um grande exemplo de como o dinheiro circula em alguns meios sem nem mesmo expor a marca patrocinada. Nela, a Ferrari é a escuderia campeã de realizar os contratos mais reconhecidos mundialmente.
Há pouco tempo, a marca Puma renovou seu acordo com a escuderia. Apesar de não divulgado, cogita-se que o prazo seja de pelo menos seis anos. A missão da Puma é vestir os pilotos e a equipe, coisa em que já se empenham, pois a nova coleção da Ferrari chega para ser apresentada até o final do ano.
A Puma também vai ser a responsável pelo licenciamento da escuderia, o que representa uma das parcerias mais reconhecidas no mundo. Isso envolve muito mais do que mostrar a logomarca da empresa.
E não pense que o novo uniforme dos pilotos vai ser um “carnaval” de anúncios para garantir a quota do patrocinador, como é feito em muitas camisas de futebol, por exemplo. A Ferrari fecha contratos sem nem mesmo exibir a marca do cliente. É o caso de outra das parcerias mais reconhecidas do esporte mundial.
Por mais quatro anos, a escuderia e a Marlboro garantiram mais um contrato de cerca de 1 bilhão de dólares. Esse valor vai ser passado para o time de Maranello. Com a proibição da publicidade de tabaco nos carros há seis anos, nem mesmo o código de barras da Marlboro pode ser figurado nos veículos, já que, no ano passado, a equipe italiana precisou retirar a imagem depois de ter sido acusada de enviar mensagens subliminares da marca tabagista por meio da estampa.
A escuderia italiana é a única equipe de Fórmula 1 que ainda tem uma empresa de cigarros como patrocinadora. A Philip Morris (dona da Marlboro) tem vínculo tão forte com a Ferrari, iniciado em 1984, que a equipe carrega até o nome oficial de “Scuderia Ferrari Marlboro”.
Com patrocínios renovados – se é que precisavam –, a certeza de mais cinco temporadas com dinheiro no bolso segue, sem nem precisarem refazer o design do novo modelo F150th Italia, lançado em janeiro.
É por esses e outros exemplos, que a Fórmula 1 ainda detém um dos valores agregados mais caros do esporte mundial.Acesse a Revista Eletrônica Olimpo, e saiba mais sobre Administração Esportiva e temas relacionados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário