Um estudo de pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) com 644 alunos do ensino médio da rede estadual de Londrina revelou uma alta prevalência de fatores biológicos e comportamentais que podem ocasionar problemas cardiovasculares em adolescentes.
A pesquisa, publicada na revista Cadernos de Saúde Pública da Fiocruz, mostrou que 90% dos pesquisados apresentaram pelo menos um fator de risco.
De acordo com a Agência Fiocruz de Notícias, os pesquisadores investigaram, como fatores de risco biológicos, o excesso de peso corporal e a pressão arterial elevada e, como riscos comportamentais, a inatividade física, o consumo inadequado de frutas e verduras e o tabagismo.
No artigo, estão quantificados os maiores riscos: consumo inadequado de frutas (56,7%); de verduras (43,9%); inatividade física (39,2%); pressão arterial alta (18,6%); e excesso de peso (12,7%).
Além disso, os rapazes demonstraram estarem mais expostos à presença de pelo menos um fator de risco biológico, apresentando maior propensão ao excesso de peso e probabilidade cinco vezes maior de mostrarem valores elevados de pressão arterial em comparação com as moças.
Em relação à idade, apontam os pesquisadores no artigo, observou-se uma tendência linear de aumento na prevalência de pressão arterial elevada ao longo das faixas etárias, com maior risco sendo apresentado aos 18 anos.
De acordo com os estudiosos, diversos fatores de risco de origem biológica adquiridos na adolescência tendem a persistir até a maioridade, acentuando a possibilidade de morbi-mortalidade na vida adulta.
Com base nos dados, os pesquisadores concluem que seria necessário implantar programas de saúde em ambiente escolar mais eficazes, com o intuito de prevenir que os adolescentes desenvolvessem doenças futuras.
Fonte: www.bonde.com.br
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