Uma reunião hoje (30/06), pela manhã, entre o Sindicato dos Servidores Públicos Técnico-Administrativos da Universidade
Estadual de Londrina, Assuel, o Sindicato dos Professores do Ensino Superior Público
Estadual de Londrina e Região, Sindiprol/Aduel, e o deputado estadual Tercílio
Turini (PPS), deixou bem clara a possibilidade de greve principalmente dos servidores
e professores da UEL ainda neste mês de Julho.
O motivo do retorno
de uma grande greve na Universidade é o fato de o governador Beto Richa (PSDB)
sinalizar o não pagamento do acordo feito na recente greve no estado, em 2015. Richa
quer revogar a lei aprovada logo após a ocupação da ALEP e o "Massacre do Centro Cívico" e deve enviar
um novo projeto à Assembleia Legislativa do Paraná, ALEP, ainda esta semana.
A
revogação desta lei é um fato inédito na política administrativa no estado do
Paraná.
Saldo da última greve, a lei do reajuste garantiu que além do pagamento referentes à inflação
de maio a dezembro de 2015, divididos em 3,45% em outubro de 2015 e 10,67% em
janeiro de 2016, o governo pagaria atrasado as perdas do ano de 2016 em janeiro do próximo ano com um adicional de 1% aos servidores, o que agora não deve ser cumprido.
O Deputado Tercílio Turini e as
liderança dos dois sindicatos, Assuel e Sindiprol/Aduel, discutiram também o não
cumprimento, por parte do governo, do pagamento das progressões e promoções dos servidores
estaduais.
Conforme publicado hoje nojornal Folha de Londrina, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública
(APP-Sindicato) esclareceu que a gestão tucana deve, R$ 262 milhões em
progressões e promoções para o conjunto de trabalhadores. Sendo R$102 milhões, débitos
com os funcionários e R$ 160 milhões com os docentes. Dívida que chegará a R$
450 milhões em dezembro.
A única justificativa do Governo
do Estado para a criação do novo projeto de lei revogando a lei de acordo é de
que não há dinheiro em caixa para arcar com os dois pagamentos, o reajuste dos
servidores e as progressões/promoções.
Há dias foi discutida em reunião
do secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, com Deputados da base aliada, no
Palácio Iguaçu a revogação da lei com o argumento de "O orçamento de 2017
não suportar implantar e pagar as promoções e progressões que estão atrasadas
e, ao mesmo tempo, aplicar o reajuste".
A tribuna da ALEP também já
foi palco da mesma explanação de deputados governistas que defendem a revogação
da lei e devem articular a provação dela assim que entrar em tramitação. O
governador Beto Richa já havia esclarecido à imprensa londrinense, dias antes, que
está estudando a possibilidade diante uma “crise financeira nacional”, mas
ainda há “esforço e a extrema boa vontade”.
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