O que representou uma tocha olímpica em Londrina


Quem circula no meio esportivo de Londrina sabe da dificuldade que se tem quando se trata de incentivo. Quando não precisam competir por cidades vizinhas, os atletas precisam mendigar patrocínios aos empresários devido a falta de programas verdadeiros de incentivo ao esporte.
Londrina nem de longe valoriza seus grandes campeões nacionais e internacionais como merecem. Ao falar de esporte, referencia-se Galvão Bueno.
O prefeito que em um momento diz 100 mil, outro diz 44, justifica o custo de toda esta preparação com o comboio de 200 pessoas gastando em hotel, abastecimento ou restaurante (Dinheiro para empresários). Imagina se Londrina tivesse incentivos à cultura e turismo o quanto iria atrair (e não somente aos empresários).
Quem viu a tocha olímpica passar? Os alunos atletas de projetos sociais ou de periferia que merecem um incentivo esportivo por, todos os dias, treinarem sem ao menos a mínima condição de ventilação, não viram.
As crianças deficientes que praticam esportes nestas mesmas precárias condições e sonham com uma paralimpíada também não viram. Tão pouco os jovens atletas das cidades da região metropolitana de Londrina que não têm dinheiro nem para comprar seu uniforme básico, quanto menos custo de um ingresso à uma competição estadual.
O reforço do efetivo policial federal, estadual e municipal em trabalho nas ruas parece bem com a segurança que Londrina possui 365 dias no ano, em todos os anos, todas as horas. Só que não!
Sem contar com palhaçadas que custam bem mais que 44 mil reais, como a iluminação pública instalada no aterro do Lago 2, solicitada tantas vezes, que alegrará aquele lugar somente por uma noite, a da festa, pois será retirada após o circo terminar e a Globo filmar.
A tocha olímpica símbolo dos jogos e de povos, hoje está puramente mercantilizada e, principalmente em Londrina, não representa DEMOCRACIA nem um pouco.

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