Era um artigo de Luiz Carlos da Rocha, apresentador do programa Jogo do Poder, da TV CNT. O artigo traz colocações que sinceramente não consegui entender, e custei a crer que estava lendo.
Começa justificando que este pedido (de aposentadoria) é pratica comum pelo mundo afora, e justifica no decorrer da postagem: "é do interesse da sociedade oferecer segurança e estabilidade para os governantes que exercem funções que concentram muito poder no instante em que deixam os seus cargos".
E segue em outros trechos: "...Requião irá para o Senado, eleito que foi, e receberá o salário respectivo. Como até agora não teve o hábito - e acredito que seguirá não tendo - de se apropriar de salários de assessores ou de recorrer a outros expedientes existentes no nosso parlamento, é provável que vá experimentar dificuldades para fazer frente aos seus gastos..."
"...Pelo que sei, Simon não voltará ao Congresso e, assim, resta a alternativa da aposentadoria, senão terá que sair pedindo emprego, o que não fica bem para quem prestou tantos bons serviçios à sociedade..."
Não sei se o advogado queria causar polêmica com o artigo? Só pode! Pois tais colocações não podem ser levadas a sério.
Em um país com o salário mínimo em pouco mais de R$500,00 a sociedade é quem deve oferecer segurança para o governante? Ora, não seria o contrário? Sim, mas não é o que vemos nas ruas!
E o ex-governador indo para o Senado, é sua aposentadoria a condição para não se apropriar de salários indevidos?
Dificuldades passam trabalhadores com cestas básicas por mês e impostos diversos e absurdos. Pedro Simon vem pedir aposentadoria depois de 20 anos, justificando filhos e gastos. Se depois de 20 anos o político não mudou de profissão, pode ficar tranqüilo Rocha que ele não precisará pedir serviço de porta em porta. E se precisar pedir também, com o currículo que tem, não terá dificuldades de arrumar.
Aliás, lembro que homens trabahadores na iniciativa privada contribuem no mínimo 35 anos, e mulheres 30. Ou então aposentam com 65 e 60 anos respectivamente (desde que tenham contribuído no mínimo 15).
Ora um senador que recebe além verba idenizatória, transporte aéreo, cota para telefone, moradia, combustível e mais o registrado em sua folha que agora passa de 26 mil reais mensais, passa dificuldades... Daqui a pouco estarão aprovando verba extra para um administrador pessoal ou então um contador para controle de seus gastos.
Gente, tá tudo errado! O ruim da história não é o direito, é a disparidade.
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