Quando se trata de Políticas Públicas para a Juventude não é
somente Londrina que está evoluindo no assunto, porém evoluir nem sempre quer
dizer avançar!
Este ano traz Conferências Municipais de Juventude na terceira
edição em várias localidades. A cidade de São Paulo é um exemplo desta paridade
com a maior instância, uma vez que a edição 2015 da Nacional também será a
terceira.
Londrina que também está neste número, apesar de ser pioneira na
discussão de PPJ realiza este importante avanço de participação política da
juventude depois de um longo tempo sem tratar desta causa. Por isso digo: “evoluiu,
mas não avançou”, entenda.
A aprovação da última Conferência – e do Conselho Municipal –
garantiu várias representações como: A inserção de Secretarias Municipais
fazendo com que o poder público discuta diretamente participando dos trâmites
das pautas; A divisão de instituições e entidades garantindo a representação,
por exemplo, dos movimentos GLBT, Negro e Rural; E a proporção de cadeiras por
gênero, sendo que a minoria, seja homem ou mulher, deve ser garantida no número
mínimo de um terço.
Mas a (não) atividade do Conselho Municipal de Juventude de
Londrina em suas gestões anteriores, abriu um hiato de organização que deixou
solta a política de Juventude. O Brasil continuou tratando das PPJs pautando os
marcos legais, a PEC da Juventude e a redução da maioridade penal. Tudo isso
acontecendo e Londrina estática e ausente das discussões.
Há muito tempo as políticas que atendem o jovem em Londrina são
resultantes somente de efeitos colaterais de outras áreas e atividades, e dentro
deste tempo também decorreram várias manifestações presenciais e nas redes
sociais reflexos de eleições, copa do mundo e greves. Falando em greve, a
recente greve estudantil na Universidade Estadual de Londrina nesta crise na
Educação do estado do Paraná, foi o mais recente ato deste tempo que acendeu a
discussão sobre os movimentos de Juventude e Estudantil nas atividades
políticas até então caminhando, ao menos em Londrina, de regular para ruim.
Agora, o Conselho Municipal tem a missão de unir estas áreas já
divididas em instituições, entidades e movimentos. Além da Eleição do Conselho
Municipal de Políticas Públicas para a Juventude a 3ª Conferência de Juventude que
teremos em nosso município, tirará delegados para a etapa Estadual do processo,
que por sua vez, encaminha para a etapa Nacional. Mas do que isso, neste evento
é mais que primordial a participação, debatendo e votando, todas as
representações de jovens, retratando a pluralidade que a juventude é em
Londrina e em todo lugar.
É importante uma participação maciça na Conferência para que seja
eleito um Conselho Municipal mais forte, amplo e que represente o seu papel de
fiscalização para avançar as efetivações das Políticas Públicas para Juventude.
Pleitear um Plano Municipal
de Juventude e até a Secretaria Municipal de Juventude é uma meta que deve ser
encampada pelo conselho, mas até chegar neste assunto os direitos básicos da
juventude ainda precisam ser atualizados.
A falta destas conversas é culpada inclusive da aversão à
política que muitos jovens ainda possuem. Sem saber que ele também é parte do desenvolvimento
da cidade, o jovem se ausenta das discussões e despolitizado, perde em cultura,
participação, aprendizado e representação.
A meta é mudar isto, é conglomerar a representação de todos os
jovens. A mobilização de jovens religiosos, rurais, do meio empresarial, da
música, estudantes, do esporte, dos coletivos, das artes, da cultura e de tantos
outros meios precisa ser fortalecida e respeitada. E isto deve ser corriqueiro.
Se você é jovem, avise quem
puder, interesse-se e participe!
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