A música ‘Quatro Vezes Você’ da banda Capital Inicial é um
exemplo de incitar em nós vários questionamentos do que temos coragem de fazer enquanto
não somos vistos pelos outras pessoas. Já pensou nisso?
Além das estrofes, as frases de refrão marcam bem isso:
"O que você faz quando;
Ninguém te vê fazendo;Ou o que você queria fazer;
Se ninguém pudesse te ver?"
Pensar no que fazemos quando ninguém está vendo nos faz
refletir em uma série de coisas entre o certo e o errado, o erro e o hábito, a
doença e o vício, a mentira e a omissão, a tolerância e o julgamento social.
► Quem pode errar e o que é um erro?
► Quem pode julgar e o que é um julgamento?
► Quem pode punir e o que é uma punição?
O que particularmente me assusta é o senso de justiça com as
próprias mãos que está cada vez mais sendo praticado pela sociedade atual. O
caso mais recente repercutiu por todo o país quando um jovem de 17 anos que
teve a testa tatuada com a frase: ‘sou
ladrão e vacilão’ ao tentar furtar uma bicicleta em São Bernardo do Campo, SP.
A notícia dividiu opiniões e, mais uma vez, incitou o ódio na internet.
Sem entrar no mérito dos crimes de tentativa de furto do
jovem de 17 anos, e de tortura do tatuador e seu vizinho, se pararmos pra
analisar o quão as pessoas usam a frase ‘mas é ladrão’ para justificar a ação
sobre o menor tatuado, podemos reparar que realmente as pessoas se acham no
direito de julgar e punir. Isto, sob a principal desculpa que temos uma justiça tanto
morosa quanto falha em nosso país, ou seja, se o judiciário não faz eu mesmo
faço.
Devemos pagar pelos nossos erros, ser punido por eles, sofrer consequências? Sim. Existem meios apropriados para que isto aconteça e se estes não funcionam devemos agir para que isso mude. Agora, ter satisfação por alguém que foi marcado na testa de forma involuntária e levará por toda a vida gravado: ‘sou ladrão e vacilão’, por mais ladrão e vacilão que seja, ainda me assusta! Assusta também a intolerância nas respostas sobre este caso.
Na internet, quando leio frases como: “bem feito”, “esse vai
aprender”, “ladrão é assim mesmo” e outras, fico imaginando: Será que não há erros,
hábitos, doenças, vícios ou mentiras nestas pessoas quando ninguém está vendo? Será que alguem já foi intolerânte com ele também?
Imagine se a moda pega e se as pessoas fossem tatuadas na
testa com seus flagras para aprenderem a não fazer mais: O que seria tatuado na
sua testa?
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