2.7.15

O Jovem em Londrina

Quando se trata de Políticas Públicas para a Juventude não é somente Londrina que está evoluindo no assunto, porém evoluir nem sempre quer dizer avançar!
Este ano traz Conferências Municipais de Juventude na terceira edição em várias localidades. A cidade de São Paulo é um exemplo desta paridade com a maior instância, uma vez que a edição 2015 da Nacional também será a terceira.
Londrina que também está neste número, apesar de ser pioneira na discussão de PPJ realiza este importante avanço de participação política da juventude depois de um longo tempo sem tratar desta causa. Por isso digo: “evoluiu, mas não avançou”, entenda.
A aprovação da última Conferência – e do Conselho Municipal – garantiu várias representações como: A inserção de Secretarias Municipais fazendo com que o poder público discuta diretamente participando dos trâmites das pautas; A divisão de instituições e entidades garantindo a representação, por exemplo, dos movimentos GLBT, Negro e Rural; E a proporção de cadeiras por gênero, sendo que a minoria, seja homem ou mulher, deve ser garantida no número mínimo de um terço.
Mas a (não) atividade do Conselho Municipal de Juventude de Londrina em suas gestões anteriores, abriu um hiato de organização que deixou solta a política de Juventude. O Brasil continuou tratando das PPJs pautando os marcos legais, a PEC da Juventude e a redução da maioridade penal. Tudo isso acontecendo e Londrina estática e ausente das discussões.
Há muito tempo as políticas que atendem o jovem em Londrina são resultantes somente de efeitos colaterais de outras áreas e atividades, e dentro deste tempo também decorreram várias manifestações presenciais e nas redes sociais reflexos de eleições, copa do mundo e greves. Falando em greve, a recente greve estudantil na Universidade Estadual de Londrina nesta crise na Educação do estado do Paraná, foi o mais recente ato deste tempo que acendeu a discussão sobre os movimentos de Juventude e Estudantil nas atividades políticas até então caminhando, ao menos em Londrina, de regular para ruim.
Agora, o Conselho Municipal tem a missão de unir estas áreas já divididas em instituições, entidades e movimentos. Além da Eleição do Conselho Municipal de Políticas Públicas para a Juventude a 3ª Conferência de Juventude que teremos em nosso município, tirará delegados para a etapa Estadual do processo, que por sua vez, encaminha para a etapa Nacional. Mas do que isso, neste evento é mais que primordial a participação, debatendo e votando, todas as representações de jovens, retratando a pluralidade que a juventude é em Londrina e em todo lugar.
É importante uma participação maciça na Conferência para que seja eleito um Conselho Municipal mais forte, amplo e que represente o seu papel de fiscalização para avançar as efetivações das Políticas Públicas para Juventude.
Pleitear um Plano Municipal de Juventude e até a Secretaria Municipal de Juventude é uma meta que deve ser encampada pelo conselho, mas até chegar neste assunto os direitos básicos da juventude ainda precisam ser atualizados.
A falta destas conversas é culpada inclusive da aversão à política que muitos jovens ainda possuem. Sem saber que ele também é parte do desenvolvimento da cidade, o jovem se ausenta das discussões e despolitizado, perde em cultura, participação, aprendizado e representação.
A meta é mudar isto, é conglomerar a representação de todos os jovens. A mobilização de jovens religiosos, rurais, do meio empresarial, da música, estudantes, do esporte, dos coletivos, das artes, da cultura e de tantos outros meios precisa ser fortalecida e respeitada. E isto deve ser corriqueiro.

Se você é jovem, avise quem puder, interesse-se e participe!

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